Desenvolvimento Moral de Kholberg

Desenvolvimento Moral de Kholberg

Desenvolvimento Moral

Para Piaget o Desenvolvimento moral dividia-se em duas fases:

  • Absolutismo moral (moral heterónoma) - Entre os 10/11 anos, as crianças cumprem leis mesmo que não concordem com elas. Vejmos o seguinte exemplo: Uma mãe pede à filha para por a mesa e a miúda vai buscar os pratos e parte os 10pratos que a mãe lhe dera. Outra criança vai buscar um prato para comer a sobremesa mesmo depois de a mãe a proibir e ao subir por uma  cadeira desiquilibra-se e parte 4 pratos. Uma criança de 10 anos apoiava qual das crianças? Apoiava a que tinha partido menos pratos! Porque não pensa no motivo mas sim nas consequências.

 

  • Relativismo moral (moral autónoma) - Crianças com mais de 12 anos já escolhem se concordam ou não com as leis que devem cumprir.

Enquanto que Kholberg dividia o desenvolvimento moral em 6 estádios, que estava, relacionados com a idade e formavam uma sequência invariante. Os estádios eram qualitativamente diferentes e este novo sistema de organização era mais compreensivo.
 
Os seis estádios estavam então assim organizados:
 
I - Nível Pré- Convencional ou Pré-Moral (infância)
  •  Estádio 1 : Moralidade heterónoma ( punição e obediência)
  •  Estádio 2 : Individualismo, propósito e troca instrumental ( punição e obediência)
II - Nível Convencional (adolescência)
  • Estádio 3 : Expectativas e relações interpessoais mútuase conformidade interpessoal (moralidade do bom rapaz ; não faças aos outros o que não gostavas que te fizessem a ti)
  • Estádio 4 : Sistema social e consciência ( e se toda a gente fizesse assim?)
III - Nível Pós-Convencional
  • Estádio 5 : Contrato social ( o maior bem para o maior número de pessoas)
  • Estádio 6 : Princípios éticos universais (princípios universais de justiça para todos)

É importante reter que juízos morais e comportamentos não é a mesma coisa. Porque uma pessoa pode dizer que numa dada situação faria desta ou daquela forma, inserindo-se num determinado estádio (normalmente mais elevado), no entanto, quando se encontra na realidade com a mesma situação não age da maneira que pensara (normalmente acaba por inserir-se em estágios mais baixos). Por exemplo, o facto de dizer que ajudaria uma velhinha a atravessar a rua (juízo de moral) não significa que em todos os momentos o faça realmente (comportamento).

 

Moralidade pré-concencional

Reflecte o  nível moral dos sujeitos "para quem as normas e as espectativas sociais permanecem exteriores ao self".

Portanto, esse nível moral é o nível dos sujeitos para quem a justiça e a moralidade se reduzem a um conjunto de normas externas, a que se obedece para evitar o , sociedade que castigo, ou então para satisfazer desejos e interesses concretos e individualistas. A prespectiva sócio-moral subjacente a este nível de moralidade é a de alguém que está fora da  sociedade, sociedade que é pensada em função de interesses pessoais ou individuais. Quando os interesses individuais são tidos em consideração, trata-se sempre de interesses concretos, relativamente imediatos e individualistas, ou seja, não generalizáveis, nem universalizáveis.

 

Moralidade Convencional

Expressa o nível moral dos sujeitos que já interiorizam as normas e as expectativas sociais. Ou seja, para os sujeitos neste nível de moralidade, o justo e o injusto já não se confundem com o que leva à recompensa ou ao castigo, antes se definindo pela sua conformidade às normas sociais e morais vigentes. Portanto, o sujeito de moralidade convencional é aquele que procura viver de acordo com o que é socialmente aceite e partilhado, o que procura cumpriros seus deveres e respeitar a ordem estabelicida.

Neste nível, há uma orientação para uma moralidade interpessoal. Isto é, há uma tendência para se agir de modo a ser-se bem visto aos olhos dos outros e a merecer-se o seu projecto, auto-estima e consideração.

 

 

 

 

Moralidade pós-convencional

É o nível dos sujeitos, geralmente com mais de 20-25 anos, para quem o valor das acções depende menos da sua conformidade com as normas morais vigentes e mais da sus conformidade a principios éticos, universais, tais como o direito à sua vida, à liberdade ou à justiça. Portanto, é o nível moral da pessoa que tende a compreender as mormas na sua relatividade, como regras de acção cuja finalidade última é salvaguardar que esses principios sejam respeitados em contextos concretos.